No século XXI a Internet começou a tornar-se em algo demasiado importante no dia-a-dia das pessoas, e foi quando se começou a aperceber que era necessária uma revolução a este nível.
O conceito de “Web 2.0” começou com uma conferência de brainstorming entre a O’Reilly e a MediaLive International. Dale Doughherty, pioneiro da Web e vice-presidente da O’Reilly, reparou que, ao contrário de haver explodido, a Web estava mais importante do que nunca, apresentando interessantes aplicações novas e sítios de sucesso a surgirem com surpreendente regularidade. E, melhor ainda, parecia que as empresas que haviam sobrevivido ao colapso tinham algo em comum. Assim, nasceu a Conferência Web 2.0.
Após ano e meio, o termo “Web 2.0” consagrou-se nitidamente com mais de 9,5 milhões de menções registadas no Google. Mas ainda existe um enorme desacordo sobre o que significa Web 2.0.
Como muitos conceitos importantes, o da Web 2.0 não tem fronteiras rígidas tem sim, um centro gravitacional. Pode-se visualizar a Web 2.0 como um conjunto de princípios e práticas que interligam um verdadeiro sistema solar de sítios que demonstram alguns ou todos esses princípios e que estão a distâncias variadas do centro.
Na primeira conferência de Web 2.0, em Outubro de 2004, na palestra de abertura, fizemos uma lista preliminar de princípios. O primeiro era “A web como plataforma”. Entretanto esse também era o lema da empresa estrela da Web 1.0, a Netscape, que pegou fogo depois de uma inflamada batalha com a Microsoft. Além disso, dois dos nossos exemplos de Web 1.0, a Double Click e a Akamai, eram ambas pioneiras em tratar a rede como plataforma. Não é frequente as pessoas pensarem nelas como “serviços de rede” mas, de facto, o primeiro serviço web amplamente distribuído foi o posicionador de anúncios, assim como também ocorreu com os mashups (para usar um outro termo que vem ganhando terreno ultimamente). Cada anúncio em forma de banner é oferecido como uma integração sem fronteira aparente entre dois sítios web, ao apresentar uma página integrada ao leitor num outro computador.
A Akamai também trata a rede como plataforma e, num nível mais profundo da pilha, construindo um sistema de entrega de cache transparente que desafoga o congestionamento da banda larga.
Entretanto, esses pioneiros forneceram contrastes úteis porque os que entraram depois levaram ainda mais longe suas soluções para o mesmo problema, compreendendo mais a fundo a natureza da nova plataforma. Tanto a DoubleClick como a Akamai foram pioneiras da Web 2.0, entretanto também podemos ver como é possível compreender mais sobre as possibilidades através da adopção de padrões adicionais de design Web 2.0.
No brainstorming inicial, formulámos a nossa ideia de Web 2.0 através de exemplos
Web 1.0 VS Web 2.0
DoubleClick ↔ Google AdSense
Ofoto ↔ Flickr
Akamai ↔ Bit Torrent
mp3.com ↔ Napster
Britannica Online ↔ Wikipedia
Sítios pessoais ↔ Blogues
evite ↔ upcoming.org e EVDB
Especulação com nomes de domínio ↔ optimização para motores de busca
page views ↔ custo por clique
“Screen scraping” ↔ serviços web
publicação ↔ participação
Sistemas de gestão de conteúdo ↔ wikis
diretórios (taxonomia) ↔ tags (“folksonomia”)
stickness ↔ syndication
By Tim O'Reilly
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